Será que a ideia não é minha?
Não sinto nada e agora?
Quanto tempo vai levar?
Muitas
vezes ouvimos estas perguntas dos médiuns iniciantes.
Vamos analisar as
palavras do Instrutor Alexandre, no Cap. 3 do livro “Missionários
da Luz” - Espírito André Luiz - Francisco Cândido Xavier:
“
(...) – Hoje, à noite – disse-me o devotado amigo –, observará algumas demonstrações
de desenvolvimento mediúnico.
Aguardei
as instruções com interesse.
No
instante indicado, compareci ao grupo. Antes do ingresso dos companheiros
encarnados, já era muito grande a movimentação. Número considerável de
trabalhadores. Muito serviço de natureza espiritual.
Admirava
as características dos socorros magnéticos dispensados às entidades sofredoras,
quando Alexandre acentuou:
–
Por enquanto, nossos esforços são mais frutíferos ao círculo dos desencarnados
infelizes. As atividades beneficentes da casa concentram-se neles, em maior porção, porque os encarnados, mesmo
aqueles que já se interessam pela prática espiritista, muito raramente se
dispõem, com sinceridade, ao aproveitamento real dos
valores legítimos de nossa cooperação.
E,
depois de longa pausa, prosseguiu:
–
É muito lenta e difícil a transição entre a animalidade grosseira e a
espiritualidade superior. Nesse sentido, há sempre entre os
homens um oceano de palavras e algumas gotas de ação.
Nesse
instante, os primeiros amigos do plano
carnal deram entrada no recinto.
–
Veremos hoje – exclamava um senhor de espessos bigodes – se temos boa sorte.
–
Não tenho vindo com assiduidade às experiências – comentou um rapaz –, porque
vivo desanimado... Há quanto tempo mantenho
o lápis na mão, sem resultado algum?
–
É pena! – respondia outro senhor – A dificuldade desencoraja, de fato.
–
Parece-me que nada merecemos, no setor do
estímulo, por parte dos benfeitores
invisíveis! – acrescentava uma senhora de boa idade – há quantos meses
procuro em vão desenvolver-me?
Em
certos momentos, sinto vibrações espirituais intensas, junto de mim, contudo
não passo das manifestações iniciais.”
Será
que estas indagações são comuns a alguns médiuns? Ou à maioria?
Afinal,
o que esperamos da mediunidade?
Queremos
os fenômenos?
O
que vem a ser esta expressão que muito ouvimos no meio espírita?
Os
fenômenos são as diversas modalidades mediúnicas: a vidência, a psicofonia, a
psicografia, a audiência, etc...
A
mediunidade se manifesta em diversas modalidades. Mas, isto é apenas a forma de
expressão da mediunidade. O que mais nos importa, não é a maneira como a
mensagem chega até nós, ou seja, por qual via, seja pela vidência, audiência,
psicografia, psicofonia, etc... o mais importante é o uso que faremos da nossa
faculdade, seja ela qual for ou em qual intensidade.
Muitas
vezes, os médiuns se apegam às mensagens muito mais para saciar sua curiosidade,
conhecer o mundo espiritual, tentar comprovar o que os Espíritos estão dizendo,
adivinhar fatos, do que realmente se preocupar em exercer mediunidade com
Jesus.
Por
que é tão importante ver, escrever, ouvir, falar?
Se
cada um tem uma faculdade, que a use para o bem. Sempre haverá oportunidade,
para o médium sincero, seja pela intuição, doação, ou tantas outras formas.
Ah,
mas é muito pouco, querem ver, descrever cenas, dar mensagens, serem reconhecidos como médiuns muito “ fortes”.
Será
este real desejo de servir ou manifestação de orgulho e vaidade?
O
meu talento não me basta, é muito pouco?
E
o que ocorre é que há tanto trabalho do
Plano Espiritual para se aproximar do médium e este descrendo de sua presença,
por que não está correspondendo às suas expectativas.
O
Espírito transmite: “ Graças a Deus”.
“Ah,
isso não é mensagem, é fruto da minha imaginação. Eu quero uma mensagem de
verdade.”
Continuemos
a ouvir o Instutor Alexandre:
(...)”
Dezoito pessoas mantinham-se em expectativa.
–
Alguns – explicou Alexandre – pretendem
a psicografia, outros tentam a mediunidade de
incorporação. Infelizmente, porém, quase todos confundem poderes
psíquicos com funções
fisiológicas.
Acreditam no mecanismo absoluto da realização e esperam o progresso eventual e
problemático, esquecidos de que toda edificação da alma requer disciplina,
educação, esforço e perseverança.
Mediunidade construtiva é a língua de
fogo do Espírito Santo, luz divina para a qual é preciso conservar o pavio do
amor cristão, o azeite da boa vontade pura. Sem a preparação necessária, a
excursão dos que provocam o ingresso no
reino invisível é, quase sempre, uma viagem nos círculos de sombra.
Alcançam
grandes sensações e esbarram nas perplexidades dolorosas. Fazem descobertas
surpreendentes e acabam nas ansiedades e dúvidas sem fim. Ninguém pode trair a
lei impunemente e, para subir, Espírito algum dispensará o esforço de si mesmo,
no aprimoramento íntimo...”
Não
importa qual seja a faculdade mediúnica,
mas que seja usada para o bem, para ajudar o próximo. Ninguém pode atuar com a
mediunidade com Jesus sem ter uma boa ligação com os Benfeitores Espirituais. Sem
reforma íntima, mudança, evolução,não estabelecerá sintonia. Se não romper com
as barreiras da dúvida, do orgulho e da vaidade, também colocará muitos obstáculos
para o desenvolvimento da mediunidade.
O
médium precisa se colocar à disposição do Plano Espiritual, com fé , confiança
e humildade e é claro que só deve
realizar treino para desenvolvimento mediúnico na Casa Espírita.
Seja
um médium com Jesus, estude e trabalhe em sua Seara com humildade. Dedique a
faculdade da qual dispor ao serviço do próximo, com amor e confiança. Não seja
descrente, use a fé raciocinada, mas também o bom senso. Só quem estuda tem
condições de discernir e entender o que é mediunidade, por isso, médium, faça
dos livros seus maiores companheiros e da Casa Espírita sua escola de luz.
Jesus
te espera...
Muita
luzzzzzz
Luciane
Ruis
É verdade!!!! Se pudéssemos calcular o trabalho enorme que os benfeitores espirituais tem para fazer chegar até o médium o espírito comunicante!!!! Jamais haveria uma sombra de dúvida sequer!!! E mais, o estudo é fundamental para que o médium saiba ser realmente um INSTRUMENTO e não só um INTERMEDIÁRIO!!! O instrumento, bem limpo, bem afiado, bem milimetricamente afinado, pode fazer maravilhas na mão do artífice... já o intermediário, apenas pega aqui e coloca ali.... e, ainda por cima, corre o risco de perder alguma coisa pelo caminho ou "sujar" aquilo que transporta!!! É bem por isso Francisco de Assis rogava: "Senhor, fazei-me um INSTRUMENTO de vossa paz!!!! Abraços.
ResponderExcluirAgradecemos o excelente comentário irmão querido.
ResponderExcluirDeus contigo sempre.